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ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume I

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Os

media

constituem‑se como os grandes clientes

das sondagens políticas em 2016, destacando‑se órgãos

de comunicação social nacionais (83,3 % do total de

clientes registados nos depósitos). Como principais

clientes, são de destacar, a

SIC

, o

Expresso

, o

Correio

da Manhã

e o

Jornal de Negócios

, pela regularidade

na contratação e publicação de barómetros políticos

mensais ao longo do ano.

Quanto ao objeto dos estudos depositados, os grupos

temáticos mais visados foram os que se relacionam

com as intenções e o sentido de voto, sobretudo as

questões relativas ao voto legislativo, análise cujo

interesse é permanente, e ao voto presidencial,

decorrente da realização de Eleições Presidenciais.

À semelhança do verificado em anos anteriores, o

segundo grupo temático com maior relevo compreende

as questões relativas à avaliação do desempenho dos

órgãos e atores políticos, ou seja, acerca da imagem

dos órgãos e atores políticos. O grupo temático que

compreende os assuntos relativos às expectativas

dos cidadãos sobre a ação dos órgãos constitucionais,

nomeadamente, o Governo e a Presidência da

República, foi o terceiro grupo mais representado.

Características metodológicas

das sondagens

O método de recolha de informação mais utilizado nas

sondagens realizadas em 2016 continua a ser o telefónico

(83,0 %), mantendo‑se também a predominância das

amostras de seleção aleatória (93,6 %, em 2016 quando

em 2015 representavam 61 % do total).

Divulgações de sondagens

Em 2016, foram divulgadas e identificadas

1 429 peças cujo enfoque aludia, de forma central

ou marginal, a estudos de opinião cuja temática se

considera subsumível na Lei das Sondagens. Destas,

1 427 correspondiam a sondagens depositadas na ERC

e duas a peças sobre inquéritos de opinião.

Observando as 1 427 peças sobre sondagens

depositadas na ERC, verifica‑se que este valor

corresponde uma média de 119 divulgações mensais,

ou seja, quase quatro divulgações de sondagens por dia,

em média.

Neste período, verificou‑se a diminuição do número

de divulgações identificadas face a 2015. Porém,

comparando os dois períodos, observa‑se o aumento

do número de divulgadores.

A Internet ultrapassou a televisão como meio

preferencial para difundir os resultados dos estudos

de opinião, no entanto, a diferença entre os dois suportes

é residual (0,6 p.p.). Assim, a Internet foi a principal

plataforma divulgadora de sondagens em 2016 (40,6 %),

seguida de perto pela televisão (40,0 %). De assinalar,

ainda, a confirmação da tendência de perda de relevância

por parte da imprensa (10,7 %) e da rádio (8,7 %).

Procedimentos e deliberações

Na área das sondagens, a ERC continuou a privilegiar

a vertente preventiva desenvolvida em anos anteriores,

no sentido de fazer compreender e respeitar as regras

aplicáveis à área dos estudos de opinião.

Em 2015, foram desencadeados 27 processos relativos

à realização e publicação de inquéritos e sondagens

de opinião, resultantes principalmente da ‘Concessão,

renovação e caducidade de licenças’ para realização de

sondagens (13), de ‘Contraordenações’ (7) e de ‘Pedidos

de parecer sobre sondagens’ (4).

RADIODIFUSÃO SONORA

PLURALISMO E DIVERSIDADE NO SERVIÇO

PÚBLICO DE RADIODIFUSÃO SONORA -

ANÁLISE DA PROGRAMAÇÃO –

ANTENA1,

ANTENA 2

E

ANTENA 3

(2016)

A análise das grelhas de emissão dos serviços

de programas

Antena1, Antena2

e

Antena3

visa a

caracterização da programação do serviço público de

rádio emitida em 2016, tendo em vista as disposições

do Contrato de Concessão do Serviço Público de Rádio e

Televisão (CCSPRT).

Em termos de diversidade e de pluralismo da

programação de rádio, o CCSPRT impõe (Cf. Anexo II -

Obrigações) à RTP, enquanto entidade concessionária,

disponibilizar diversos serviços de programas com

diferentes orientações estratégicas, visando promover

uma oferta de serviço público que capte diversas faixas

da população e cobrindo audiências diversificadas.

O CCSPRT operacionaliza esta orientação através do

princípio da complementaridade da programação dos

diversos serviços de programas de rádio, no que respeita

ao cumprimento das exigências de serviço público.

Assim, a oferta radiofónica de serviço público deve «ser

avaliada de forma global, tendo em conta o conjunto

de conteúdos e a programação dos diferentes serviços

de programas de cada meio de comunicação social e

atenta a especificidade de cada serviço de programas»

(n.º 3 da cláusula 4.ª). A análise expendida visa, pois,

compreender se esta complementaridade entre os três

principais serviços de programas de rádio do serviço