ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume I
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programas de ficção, informativos e de entretenimento
posicionam‑se entre os mais vistos pelos portugueses.
Rádio
Em 2016, 55,0 % dos residentes em Portugal ouviram
rádio, com um tempo médio de escuta diária de 3 horas
e 13 minutos por dia, dois minutos mais do que no ano
passado.
Os grupos radiofónicos Renascença e Media Capital
detêm 70,8 % da quota de audiência. A
Rádio Comercial
,
do Grupo Media Capital, foi a estação mais ouvida.
Imprensa
Em 2016, 59,0 % dos portugueses leram ou folhearam
a última edição de um qualquer título de imprensa.
O número de publicações periódicas ativas em Portugal
continua a tendência de queda, o mesmo sucedendo com
a circulação de exemplares, vendidos ou distribuídos
gratuitamente. A circulação em papel é o segmento mais
afetado, ao passo que as assinaturas digitais têm vindo
a ganhar interesse entre os portugueses, embora não
compensem as perdas em papel.
O diário
Correio da Manhã
, na sua versão impressa, é o
jornal de informação geral com circulação mais elevada.
No digital, o jornal
Público
manteve a liderança.
Internet
Em 2016, 74 % dos residentes entre os 16 e os 74 anos
em Portugal referiram já ter usado a Internet em algum
momento e a maioria dos acessos fez‑se através da
banda larga móvel.
O aumento da banda larga móvel está relacionado
com o crescimento de utilizadores de
smartphones
em Portugal.
Em termos de audiência de Internet, os portugueses
navegaram
online
cerca de 1 265 milhões de horas
e o domínio de página mais visto em 2016 foi o motor
de pesquisa
google.pt,seguido da rede social facebook.
com. É importante destacar que estas duas páginas
concentram 21,3 % das visitas
online
.
INVESTIMENTO PUBLICITÁRIO - A
EVOLUÇÃO DO MERCADO NOS ÚLTIMOS
DEZ ANOS
Para avaliar o investimento publicitário em Portugal,
optou‑se por contrapor as estimativas da Marktestcom
as da Omnicom
Media
Group. Estas fontes adotam
métodos claramente distintos, divergindo nas
estimativas que apresentam para a avaliação
do mercado publicitário.
A Marktest mostra os preços de tabela sem considerar
os possíveis descontos obtidos nas negociações, por seu
lado, a Omnicom, através de diversas fontes, pretende
aproximar‑se dos preços realmente praticados. Estas
diferenças fazem com que as estimativas tenham uma
discrepância aproximada de 7,4 mil milhões de euros no
valor total de investimento publicitário em 2016.
A televisão é o segmento que continua a dominar o
mercado publicitário com percentagens acima dos
50 % segundo as fontes citadas. Os canais em sinal
aberto –
RTP1, SIC
e
TVI
– representam a principal
fatia do investimento em publicidade, com a
TVI
a
liderar. Contudo, entre 2006 e 2016, os canais cabo têm
vindo a ganhar cada vez mais importância no mercado
publicitário.
O investimento publicitário em Internet ultrapassou,
pela primeira vez, as receitas na imprensa, ocupando
a segunda posição dos segmentos commaior captação
no mercado publicitário. Por seu lado, a imprensa regional
é o ramo mais afetado na imprensa nos últimos dez anos.
A
Rádio Comercial
é a emissora que anualmente
continua a atrair mais investimento publicitário em
rádio, embora a
TSF
, em 2016, tenha conquistado
idêntica posição.
O cinema é o segmento que anualmente tem recebido
a menor quota de investimento publicitário, com valores
inferiores a 1 %.
Para as duas fontes, a partir de 2014, considerando
as diferenças percentuais, o investimento publicitário
tem apresentado sinais de recuperação com aumentos
consecutivos.
A comparação entre 2015 e 2016 confirma que
o investimento publicitário em televisão, Internet,
outdoor
, rádio e cinema aumentou. Do mesmo
modo, para a Marktest e para o grupo Omnicom,
o investimento em imprensa diminuiu neste período.
PUBLICIDADE INSTITUCIONAL DO ESTADO
A Lei n.º95/2015, de 17 de agosto, estipula novas
obrigações dos serviços da administração direta
do Estado, dos institutos públicos e das entidades
que integram o setor público empresarial no que diz
respeito à realização de campanhas de publicidade
institucional do Estado, bem como às regras aplicáveis
à sua distribuição, em território nacional, através dos
órgãos de comunicação social locais e regionais.
Em 2016, registaram‑se 29 (vinte e nove) entidades
na Plataforma Digital da publicidade institucional
do Estado.