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SUMÁRIO EXECUTIVO

de comunicação social

, procedeu‑se à sua atualização

face aos contributos recebidos pela ERC por várias

entidades externas (instituições ligadas ao sector,

agentes económicos e entidades académicas) e

publicação do mesmo [Deliberação 202/2015 (OUT),

de 12 de agosto de 2015] no

website

da Entidade

Reguladora para a Comunicação Social (

www.erc.p

t).

Em 2016, este documento foi traduzido para inglês

e disponibilizado, junto com a versão original em

português, no

website

da Entidade Reguladora para

a Comunicação Social

( www.erc.pt )

.

Utilização jornalística de conteúdo gerado

pelo utilizador

Dada a importância das recomendações constantes

do referido relatório relativamente ao UGC –

User

Generated Content

, decidiu‑se pela autonomização

do respetivo capítulo sob a forma de uma “carta de

princípios” a adotar pelos Órgãos de Comunicação

Social na utilização jornalística dos UGC, intitulada

Diretiva 2/2014 - Utilização jornalística de conteúdo

gerado pelo utilizador

. Neste documento propõe‑se

um elenco de boas práticas a adotar no tratamento

de UGC no contexto de produção jornalística.

Regulação de publicações periódicas

eletrónicas

Relativamente às publicações periódicas eletrónicas,

a ERC tem defendido que «estamos perante a versão

eletrónica de um jornal editado por uma empresa que

prossegue “atividades de comunicação social”, e que, no

essencial, corresponde à versão em papel com o mesmo

título. Um jornal

online

não constitui, assim, um género

diferente relativamente às publicações não digitais,

e, muito menos relativamente à sua versão em papel».

Regulação dos comentários

online

No que diz respeito à regulação dos comentários

online

, o cerne da problemática encontra‑se, por um

lado, na compatibilização entre os diferentes direitos

fundamentais e, por outro lado, na definição das balizas

que norteiam a responsabilidade editorial dos Órgãos

de Comunicação Social.

O Conselho Regulador tem entendido que os

comentários às notícias divulgadas

online

constituem

parte integrante da publicação eletrónica, sendo

o diretor do jornal responsável último pela sua

divulgação, devendo por isso, na publicação destes

comentários, atender às especiais responsabilidades

que impendem sobre um órgão de comunicação social

e que já foram sendo aqui elencadas.

A publicação dos comentários não deve ser feita,

assim, de forma acrítica pelo jornal, cabendo, em

última análise, ao diretor a decisão de publicar ou não

determinado comentário. Esta decisão, que se traduz

num ato de validação ou não, configura‑se como um ato

de natureza editorial, uma vez que pressupõe a análise

e seleção dos comentários que vão ser publicados

ou então envolve a decisão de abrir um espaço

de comentários às notícias divulgadas

online

.

OFERTA E CONSUMOS DE

MEDIA

O capítulo relativo à oferta e consumos de

media

tem

como objetivo caracterizar a estrutura de mercado, os

padrões de consumo mediáticos e as audiências dos

diferentes meios de comunicação social. Através de

diversas fontes de dados, sistematizam‑se as principais

evoluções e tendências registadas.

Televisão

A televisão é o meio de comunicação dominante em

Portugal. Em 2016, 84,1 % dos portugueses contactaram

com este meio e o consumo diário aumentou face a 2015,

atingindo aproximadamente 4 horas e 50 minutos.

A oferta de canais em sinal aberto foi ampliada.

Dois serviços de programas, a

RTP3

e a

RTP Memória

,

juntaram‑se à

RTP1, RTP2, SIC, TVI

e

ARTV

na plataforma

de Televisão Digital Terrestre (TDT). Ainda assim, a oferta

da TDT portuguesa é a mais fraca da Europa.

O número de pessoas com televisão por subscrição

continua a crescer e a maioria dos assinantes dispõe

deste serviço integrado em pacote, juntamente com

banda larga fixa, banda larga móvel, telefone fixo e

telemóvel. A subscrição de cinco serviços é a situação

contratual mais usual.

Os operadores NOS e MEO detêm mais de 82 %

do mercado de televisão por assinatura, mas a Vodafone

foi o único operador que aumentou a sua quota

de assinantes em 2016.

A fibra ótica é a tecnologia que mais tem contribuído

para o aumento do número de assinantes nos últimos

anos. De 2011 a 2016, o número de clientes com esta

tecnologia quadruplicou. O cabo, a tecnologia de acesso

principal em Portugal, continua em queda.

Os canais generalistas em sinal aberto

RTP1, RTP2,

SIC

e

TVI

continuam a captar, na sua totalidade, a

preferência dos espectadores. Contudo, os canais por

cabo mantêm a tendência positiva dos últimos anos,

refletida no aumento progressivo da quota de audiência.

Em 2016, o serviço de programas

TVI

continuou a ser

o canal em sinal aberto preferido das audiências e as

competições de futebol, transmitidas pela

RTP1

, foram

os programas mais vistos. Excluindo o futebol, os