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de canais de desporto e de canais de clubes, cujos
direitos sejam detidos por cada uma das partes em
cada momento.
O acordo produziu efeitos logo a partir da época
desportiva 16/17, garantindo que os clientes da NOS e
da Vodafone pudessem ter acesso ao canal do Benfica
e aos jogos do Benfica em casa, independentemente
do canal onde estes jogos fossem transmitidos.
Tendo em conta a possibilidade que o acordo celebrado
previa de se alargar aos outros operadores, em julho
de 2016 a MEO e a Cabovisão (Nowo) aderiram ao
mesmo, pondo designadamente fim às lacunas de
programação existentes e garantindo que todos os
clientes de televisão paga em Portugal podem ter
acesso a todos os conteúdos desportivos relevantes,
independentemente do operador de telecomunicações
que utilizassem.
No âmbito do acordo celebrado com os restantes
operadores, como contrapartida pela disponibilização
recíproca dos direitos, os custos globais foram
repartidos de acordo com as receitas retalhistas de
telecomunicações e as quotas de mercado de STVS.
Em agosto de 2016, foi alcançado um acordo que tem
como objetivo que a estrutura acionista da Sport TV
passe a ser detida em partes iguais pela MEO, NOS,
Olivedesportos e Vodafone. Em janeiro de 2017,
a MEO entrou no capital próprio da Sport TV, e a 24
de fevereiro de 2017, a MEO, NOS, Olivedesportos
e Vodafone passaram a deter uma participação igual
de 25 %.
ECONOMIA DIGITAL
2016, foi mais um ano de consolidação da presença
da economia digital na economia dos
media
.
Os resultados de 2016 do estudo Bareme Imprensa
Crossmedia da Marktest mostraram que cerca de
1,7 milhões de portugueses leram notícias através
de aplicações no
smartphone
ou
tablet
. Ainda assim,
os jornais e revistas em papel continuaram a ser os
principais canais de acesso à informação, tendo sido
referenciados por 87,6 % dos residentes no Continente,
com 15 e mais anos.
Os
sites
no computador eram o segundo canal mais
usado (78,5 %), seguido de sites no
smartphone
/
tablet
(46,7 % das referências) e 45,1 % referiu aceder
a informação através de
newsletters
recebidas por
. Apenas 30,1 % dos inquiridos afirmaram
que acederam a notícias e informação por via
de aplicações. Esta tendência foi maior junto da
população masculina, dos indivíduos dos 35 aos
44 anos, dos quadros médios e superiores e dos
indivíduos da classe alta.
O número de portugueses que contactaram com jornais
ou revistas, considerando os leitores de edições em papel
ou digitais, chegou aos 6,8 milhões, correspondendo
a 78,8 % dos residentes no Continente, com 15 e mais
anos. No conjunto dos títulos analisados, a cobertura
máxima das edições em papel, ou seja, a percentagem
de indivíduos que contactou com pelo menos uma edição
destes títulos, foi de 67,2 %, abaixo dos 71,9 % registados
no estudo anterior. Já a cobertura máxima digital foi de
47 %, o que significa que quase metade dos portugueses
contactou com as versões digitais de pelo menos um dos
títulos em análise, acima dos 46 % do estudo anterior.
O estudo revelou ainda que 31,8 % dos portugueses
leram estes títulos apenas em papel contra 36,1 % do ano
transato, enquanto 11,6 % contactaram com eles apenas
no meio digital, contra 10,2 %. 35,4 % corresponderam
aos inquiridos que contactaram em ambos os formatos,
papel e digital, antes 35,8 %.
Sendo a diminuição dos inquiridos que responderam que
contactaram com títulos apenas em papel superior ao
ganho registado nos que apenas utilizaram o contacto
digital, e dada a existência de alguma estabilidade nos
que contactaram com títulos através dos dois meios,
leva-nos a concluir que a imprensa em geral continua
a perder audiência.
TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE (TDT)
Ao contrário do que sucede na generalidade dos países
europeus, Portugal mantém níveis residuais de oferta
de conteúdos na TDT, desperdiçando um instrumento
precioso de reforço da cidadania, de democratização
no acesso a conteúdos audiovisuais, de difusão cultural
e informativa e de estímulo à indústria audiovisual.
No início de 2016, essa oferta era praticamente idêntica
à que resultava da plataforma analógica, situação
cuja persistência urge inverter, perante critérios
de desenvolvimento social e no quadro do processo
de desenvolvimento tecnológico disponível.
Para o atual estado da TDT, em termos de oferta
de conteúdos, entre os vários percalços verificados
no processo de implantação da TDT, releva sobretudo
o fracasso do chamado 5.º canal e o fracasso do canal
High Definition Television
(HDTV) partilhado, que
deveria funcionar até ao fecho da radiodifusão televisiva
analógica, para os quais foi reservado espaço no
Multiplexer A (Mux A), que nunca foi utilizado.
Tendo em conta o crescimento da taxa de penetração
do STVS e a necessidade de alargar a oferta de serviços
ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA DO SETOR DE
MEDIA
EM PORTUGAL 2016