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PLURALISMO E DIVERSIDADE NOS SERVIÇOS DE PROGRAMAS TELEVISIVOS

ANÁLISE DA PROGRAMAÇÃO –

RTP1

,

RTP2

,

SIC

,

TVI

E

RTP3

(2016)

atendendo à finalidade predominante que se procura

atingir em cada programa, que dita a codificação de cada

unidade de análise para a categoria

funç

ão.

num projeto pedagógico mais vasto (por exemplo,

“Universidade Aberta”).

Institucional/religioso

:

programas desenvolvidos

por entidades externas aos operadores televisivos,

cuja função consiste na divulgação e promoção das

atividades, dos projetos ou das doutrinas das entidades

promotoras. São programas que resultam, em regra,

de protocolos celebrados entre a entidade promotora

e os operadores ou que resultam de obrigações legais

a observar por um dado operador. Integram‑se nesta

categoria os espaços de programação desenvolvidos

por entidades públicas, privadas ou por outras

organizações da sociedade civil, os espaços de direito

de antena, bem como as celebrações litúrgicas.

c)

Funções na programação

A Lei da Televisão estabelece como fins dos serviços

de programas televisivos contribuir para a

informação

,

a

formação

e o

entretenimento

do público - al. a),

art.º 9.º, Lei n.º 27/2007, de 30 de julho.

Entende‑se como

funções

a finalidade que o operador

se propõe seguir, pensando no plano da receção,

quando seleciona determinado conteúdo televisivo para

integrar as suas grelhas de emissão, tendo como ponto

de partida a tríade clássica que a legislação adota:

informar

,

formar

e

entreter

.

A par destas três funções centrais, considera‑se ainda

uma terceira categoria, correspondente à emissão

de programas cuja finalidade principal consiste na

promoção/divulgação

. Por regra, manifesta‑se em

programas televisivos produzidos por entidades externas

aos serviços de programas, tendo como finalidade

primordial a divulgação de projetos, iniciativas, valores

e/ou ideias e ideais das organizações que os promovem.

A operacionalização das

funções

encontra‑se

intimamente ligada ao conceito de

género televisivo

.

Ou seja, parte‑se do pressuposto de que as

funções

da

programação são indissociáveis dos

géneros televisivos

que compõem as grelhas de emissão, considerando‑se

que se verifica, na maioria dos casos, uma

correspondência entre estas duas dimensões da análise.

Reconhece‑se, contudo, que essa correspondência nem

sempre é perfeita, pelo que não se dispensa a verificação

das

funções

associadas a cada programa.

d)

Correspondência entre géneros televisivos

e funções

A Fig. 31 estabelece uma correspondência entre

géneros

televisivos e

funções

, a qual se apresenta

como indicativa, pois é a observação do caso concreto,

Género 1.º nível/

Macrogénero

Género 2.º nível/

Género

1.

Informativo

1.1. Serviço noticioso

1.2. Reportagem

1.3. Debate

1.4. Entrevista

1.5. Comentário

1.6. Edição especial

1.7.

Magazine

informativo

1.8. Boletimmeteorológico

2.

Desportivo

2.1. Informação desportiva

2.2. Transmissão desportiva

2.3. Resumo desportivo

2.4. Comentário desportivo

3.

Ficção

3.1. Filme/telefilme

3.2. Série

3.3. Telenovela

4.

Infantil/juvenil

4.1. Desenhos animados

4.2. Concurso/jogo infantil/juvenil

4.3. Ficção infantil/juvenil

4.4. Telenovela infantil/juvenil

4.5. Educativo infantil/juvenil

4.6. Informação infantil/juvenil

4.7. Espaço contentor

4.8. Outro (infantil/juvenil)

5.

Entretenimento

5.1. Concurso/jogo

5.2.

Reality show

5.3. Variedades

5.4.

Talk show

5.5. Humor

5.6.

Infotainment

5.7. Outro (entretenimento)

6.

Cultural/conhecimento 6.1. Artes e

media

6.2. Humanidades

6.3. Ciência

6.4. Documentário

6.5. Espetáculo

6.6. Educativo

6.7. Informação cultural

7.

Institucional/religioso 7.1. Institucional

Religioso

Fig 30 –

Grelha de classificação de

géneros televisivos