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Das dinâmicas acima explanadas são de destacar
os seguintes aspetos relativos a 2016:
•
O reforço da Eurosondagem, agora pelo sétimo ano
consecutivo, como a empresa mais representativa
do setor;
•
A diminuição do número de depósitos por empresa
face ao ano anterior;
•
A manutenção dos barómetros políticos mensais
da Eurosondagem e Aximage, garantindo algum
pluralismo e confronto da popularidade dos atores
políticos e das intenções de voto legislativo;
•
A maior concentração do mercado dos estudos
depositados e o menor pluralismo no que concerne
ao número de empresas a depositar sondagens.
A diminuição da atividade traduziu‑se, naturalmente,
na diminuição dos depósitos e dos clientes das sondagens,
destacando‑se que, não obstante 2016 ter sido o ano
com menos sondagens (47), o número de clientes pouco
se alterou (22, quando em 2015 foi 24), sendo mesmo
superior ao verificado em 2010 e 2014 (19 clientes em
ambos os anos, para 59 e 58 depósitos, respetivamente).
250
200
150
100
50
0
60
50
40
30
20
10
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
99
124
102
196
59
90
64
179
58
82
47
31
37 38
54
19
24
27
45
19
24 22
Fig. 3 –
Número de clientes e de sondagens depositadas (2006 a 2016)
N.º CLIENTES
N.º SONDAGENS
NÚMERODECLIENTES
EDESONDAGENSDEPOSITADAS
Seguindo uma tendência já verificada em anos anteriores,
uma parte dos estudos depositados é associada a mais
do que um cliente, daí que ao total dos 47 depósitos
verificados em 2016 correspondam 84 entradas de
clientes. De modo geral, reproduziram‑se as parcerias
observadas em 2015:
Eurosondagem/SIC/Expresso
e
Aximage/Correio da Manhã/Jornal de Negócios
, ambas
com atividade regular ao longo de todo o ano, fruto
da manutenção dos barómetros políticos mensais;
e, com a atividade praticamente centrada nas eleições
presidenciais durante o mês de janeiro, as parcerias
UCP-CESOP/RTP/Antena 1/Diário de Notícias/Jornal
de Notícias
e
Intercampus/TVI/Público/TSF
.
Agrupando os clientes identificados nas fichas técnicas
de depósito por tipo, consoante a sua área de atividade
(
media,
forças políticas e outros) e natureza (nacionais
ou regionais, apenas no casos dos
media
), é possível
observar a predominância assumida pelos órgãos de
comunicação social nacionais (83,3 % do total de clientes
registados nos depósitos). O peso dos restantes tipos de
clientes, como os
Media
Regionais (8,3 %), Partidos e
Forças Políticas (1,2 %), Entidades Credenciadas (2,4 %)
e outros (4,8 %), ainda que tenha praticamente duplicado
face a 2015, continua a ser muito pequeno (16,7 % em
2016, quando em 2015 se fixou em 8,5 %).
TIPO DE CLIENTES DE SONDAGENS
2,4%
ENTIDADES CREDENCIADAS
1,2%
PARTIDOS POLÍTICOS E FORÇAS POLÍTICAS
83,3%
OCS NACIONAL
4,8%
OUTROS
8,3%
OCS REGIONAL
Fig. 4 –
Tipo de clientes de sondagens em 2016 (em percentagem)
Total de clientes distintos N= 22 (2016); Total de depósitos N=47 (2016).
Total de clientes referenciados em depósitos N =84 (2016).
83,3%
OCS
NACIONAL
Em termos da importância dos clientes, medida pela
sua presença em depósitos, quem mais se destacou
em 2016 foram a
SIC
e o
Expresso
(15 e 14 depósitos,
respetivamente). Os dois órgãos detidos pela Impresa
assumiram particular importância porque foram,
a par do
Correio da Manhã
e do
Jornal de Negócios
(publicações da Cofina Media que se constituem como
clientes em 12 depósitos), os únicos que estimularam
mensalmente e fora do período eleitoral a produção de
sondagens para publicação, pela aposta na manutenção
dos seus barómetros políticos regulares (v. Anexo
Fig. A3). Estes quatro órgãos, detidos pela Impresa
e Cofina Media, foram os únicos que em 2016 foram
responsáveis pela encomenda de mais de uma dezena
de estudos, o que contrasta bem com 2015, ano em
que a
RTP
, a
TVI
, o
Público
e a
TSF
também marcaram
presença como clientes em mais de dez depósitos.
SONDAGENS E ESTUDOS DE OPINIÃO