ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume I
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O segundo ponto apresenta as características
metodológicas das sondagens depositadas. O terceiro
observa os dados relativos à divulgação de sondagens.
O quarto ponto incide sobre os estudos eleitorais
depositados durante 2016. Finalmente, o quinto
apresenta dados acerca dos procedimentos e dos
atos deliberatórios que daí resultaram.
1.
CARACTERIZAÇÃO GERAL
DAS SONDAGENS
1.1.
ENTIDADES CREDENCIADAS
À data de 31 de dezembro de 2016, o universo das
empresas credenciadas pela ERC para a realização
de sondagens de opinião era composto por
14 entidades, mantendo‑se o mesmo número de
licenças ativas no final de 2015. Em termos evolutivos,
e no domínio das alterações das credenciais transitadas
de anos anteriores, é de destacar a renovação de
licenças para nove entidades (Aximage, Domp,
Eurosondagem, Intercampus, Ipom, Marktest,
GFK/Metris, Pitagórica e UCP/CESOP) e a caducidade
das credenciações da Apeme e da G.Triplo.
Em matéria de novas credenciações, ou seja de novas
aberturas de registo, verificou‑se a credenciação da
G.Triplo e da Universidade de Aveiro/CIMAD, neste
último caso como primeira credenciação já que a
mesma nunca havia possuído licença para a realização
de sondagens.
A realização de sondagens reage à sazonalidade
eleitoral. À proximidade das eleições corresponde um
aumento dos estudos depositados, variando o perfil
dos seus responsáveis de acordo com a natureza das
mesmas (autárquicas, legislativas, presidenciais, etc.)
e a concentração dos depósitos no tempo mediante
o tipo (regular ou antecipado) dos atos eleitorais.
Evidentemente que o contexto social e político
específico de cada eleição também afetará o movimento
dos depósitos, mas essa será uma análise casuística
e de âmbito politológico, que não se enquadra no objeto
deste relatório.
Quando as eleições são repentinas e inesperadas,
tende a haver picos de estudos pré-eleitorais, como
se verificou em 2007 com as eleições intercalares para
a Câmara Municipal de Lisboa (15 depósitos no espaço
de dois meses) ou em 2011 com as eleições legislativas
SONDAGENS E
ESTUDOS DE OPINIÃO
INTRODUÇÃO
O objetivo da presente secção deste relatório consiste
na caracterização do panorama da produção, publicação
e depósito de sondagens submetidas ao regulador em
2016, procurando identificar tendências evolutivas do
setor. Atendendo a que o início do ano em análise ficou
marcado pela realização de eleições presidenciais
(Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito a 24 de janeiro
e tomou posse em 9 de março), será dada especial
atenção, a par do ano antecedente (2015), a 2011,
ano em que também se realizou um escrutínio para
a Presidência da República. Não obstante, para efeitos
de análise, poderão ser consultadas séries temporais
mais longas, sempre que tal se justificar.
Os elementos estatísticos que constituem a base
da análise aqui desenvolvida resultam do tratamento
de informação disponível nas bases de dados do
Portal das Sondagens
1
(em vigor desde 2011), as quais
acompanham o modelo de análise de anos anteriores
(base de dados ERC-Sondagens-Departamento
de Análise de
Media
), indicando‑se, sempre que
tal se justificar, as alterações metodológicas e
de nomenclatura resultantes da adaptação das
informações preexistentes ao Portal das Sondagens.
A divulgação de sondagens foi acompanhada pelo
recurso à informação sistemática fornecida pela
MediaMonitor
, com base no serviço de
clipping
contratado pela ERC, complementada com a pesquisa
direta
online,
a partir de parâmetros inscritos nas fichas
técnicas de depósito (clientes, entidade responsável,
datas de campo, universo alvo, etc.). Por sua vez, o
acompanhamento e registo das sondagens foi realizado
através do Portal das Sondagens, continuando a ERC
a disponibilizar os depósitos para consulta pública no
seu portal eletrónico, de acordo com as regras fixadas
pela Deliberação 1/SOND/2009. Realce‑se que a
possibilidade de consulta pública dos depósitos decorreu
de uma iniciativa do Regulador, no sentido de reforçar
a transparência e a confiança nas sondagens.
A presente secção estrutura‑se em torno de cinco
pontos centrais. O primeiro caracteriza, de forma
genérica, o panorama das sondagens em 2016.
1)
http://www.erc.pt/pt/sondagens