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APRESENTAÇÃO
Eco numa crónica já muito antiga: «será que o público
faz mal à televisão?».
Não cabe ao Regulador responder a esta questão
onde se invertem os malefícios da televisão sobre
os públicos. Acho que a resposta deve ser dada pela
serenidade de quem passou pela Entidade Reguladora
mais tempo do que estava previsto. Escrevo esta
apresentação hoje, quando o Parlamento adia
novamente a eleição do novo Conselho Regulador.
E escrevo estas notas soltas na apresentação do nosso
relatório de 2016 relendo Umberto Eco num livro
póstumo. E citando os títulos dos capítulos em que
ele dividiu as suas crónicas ao longo de quase duas
décadas:
A Sociedade Líquida;
A Passo de Caranguejo;
Os velhos e os Jovens;
Online;
Sobre os Telemóveis;
Sobre as Conspirações;
Sobre os mass media;
Várias formas de racismo;
Sobre o ódio e a morte;
Entre religião e filosofia;
Sobre os livros e outras coisas;
A Quarta Roma;
Da estupidez à loucura.
Reconheço que os títulos do livro de Umberto
Eco são bem mais sugestivos do que este relatório
de regulação. Mas podem ler‑se em paralelo.
Eu experimentei e não resisto a confessar que parei
na página 137 da edição portuguesa do livro de
Umberto Eco, na crónica
ÚLTI MASNO TÍCIAS
. Assim
mesmo.
ÚLTI MASNO TÍCIAS
. Foi escrita em 2003,
mas pode ser lida como se tivesse sido em 2016.
Ou hoje mesmo.
Carlos Magno
“Neste relatório
há novos capítulos
dedicados à
Transparência dos
Grupos de
Media
,
à Literacia para os
Media
, à questão
do Género nos
Media
e à Regulação dos
Meios Digitais.”