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Outra fonte de receitas relevante no setor é a circulação

de publicações ou jornais. Apesar da dificuldade de

estimar as receitas agregadas, através da análise dos

dados de tiragem e circulação disponibilizados pela APCT

– Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem

e Circulação – constata‑se que tanto a tiragem como a

circulação de publicações em Portugal apresentaram

uma contração durante 2016, que, emmédia, segundo

os cálculos da ERC, atingiu quase 10 %, tanto no caso

da tiragem, quanto no caso da circulação.

A contração atingiu a grande maioria das publicações,

com exceção dos jornais mensais e quinzenais. As

quebras de circulação foram superiores nos jornais

relativamente às revistas, principalmente por causa da

quebra registada nos jornais diários, cuja circulação caiu

cerca de 22 %, e para a qual o encerramento do jornal

Diário Económico

contribuiu (Fig. 7).

A diferença entre a tiragem e a circulação (circulação/

tiragem), que pode ser usada como uma medida de

avaliação da capacidade de venda de publicações,

manteve‑se semelhante a 2015, com níveis próximos de

95 % no caso dos jornais e dos 75 % no caso das revistas.

De salientar a diferença entre tiragem e circulação de

76 % nos jornais diários e quinzenais, que sugere a

crescente influência do digital no consumo de media,

especialmente na procura de informação em tempo real.

Uma terceira fonte de receitas para as empresas de

media

, nomeadamente para os detentores de canais

de televisão, são as receitas de subscrição de canais

transmitidos por vários meios, como por exemplo, a

fibra, o cabo, o satélite, entre outros. Na verdade, estas

receitas de empresas de

media

detentoras de canais

TAXA DE CRESCIMENTO DA CIRCULAÇÃO EM 2016 – MERCADO EM CONTRAÇÃO

Total jornais e revistas

Jornais

Revistas

Jornais diários

Jornais mensais

Jornais quinzenais

jornais semanais

Revistas anuais

Revistas bimensais

Revistas bimestrais

Revistas mensais

Revistas quadrimestrais

Revistas semanais

Revistas trimestrais

Fig. 7 -

Taxa de crescimento da circulação em 2016 – mercado em contração. Fonte: Dados APCT, elaboração ERC.

-9,8 %

-10,7 %

-8,9 %

-22,4 %

16,1 %

6,7 %

-9,4 %

0 %

-12,9 %

-12,5 %

-6,8 %

-22,0 %

-14,1 %

-0,3 %

de televisão acabam por ser um custo para um outro

segmento de regulados da ERC – os operadores de

distribuição de televisão.

Um estudo realizado pela Autoridade Nacional

de Comunicações (Anacom) mostra que o total

de assinantes do serviço de televisão por subscrição

(STVS), excluindo segundas habitações, continuou

aaumentar em 2016, tendo a taxa de penetração

atingido os 90 %, mais 3,6 % que em 2015 (Fig. 8).

Fig. 8 -

Evolução do número de assinantes STVS - crescimento consistente.

Fonte: Dados Anacom, elaboração ERC.

CABO

FIBRA

SATÉLITE

TOTAL (E. DIREITA)

OUTROS

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ASSINANTES

STVS - CRESCIMENTO CONSISTENTE

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

0

1T12

3T12

1T13

3T13

1T14

3T14

1T15

3T15

1T16

3T16

2T12

4T12

2T13

4T13

2T14

4T14

2T15

4T15

2T16

4T16

000’ assinantes

ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA DO SETOR DE

MEDIA

EM PORTUGAL 2016