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ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA DO SETOR DE
MEDIA
EM PORTUGAL 2016
de publicações generalistas e especializadas,
de pequena dimensão. Vale a pena salientar que o valor
médio calculado para as receitas de vendas e prestação
de serviços, bem como o valor médio calculado para
os ativos deste segmento se encontra influenciado
pela presença do jornal
Público
, claramente maior
que as empresas comparáveis no segmento, que não
se inserem nos grupos de
media
conglomerados.
Em posições intermédias situam‑se os conglomerados
do setor, presentes em vários segmentos de
media
, sem a
necessidade de uma infraestrutura tecnológica comparável
com a indústria de telecomunicações, a par de um grupo
operador de rádio e de uma agência noticiosa.
Apesar das diferenças de dimensão, a trajetória
da evolução das receitas em 2016 foi semelhante.
Em média, as receitas dos segmentos de operadores
de distribuição de televisão, conglomerados
media
e publicações periódicas decresceram. A destacar,
as
performances
positivas da agência noticiosa
Lusa
e da
Rádio Renascença
, com crescimento das receitas
de vendas e prestação de serviços.
É relevante referir que, apesar do mercado publicitário
medido a preços de tabela ter crescido em 2016, as
receitas de publicidade dos principais conglomerados
media
apresentaram comportamentos distintos,
crescendo em alguns casos e diminuindo em outros.
A concorrência pelos anunciantes entre operadores
generalistas e canais STVS, situados dentro e fora
da jurisdição de regulação da ERC, e pela distribuição
de publicidade por novos meios como a Internet podem
ser fatores diferenciadores.
As quebras de circulação, tendência já evidente na
análise macro do setor, foram mais um contributo para a
pressão nas receitas dos órgãos de comunicação social,
a que acresceu a concorrência existente no mercado,
resultado do elevado número de intervenientes.
A emergência de novas formas de leitura de notícias
e publicações, como a Internet (fixa ou móvel), foram
um fator de pressão adicional.
Contrariamente ao que aconteceu em 2015, o
crescimento das receitas de subscrição e transmissão
de programas, patente nas empresas mais
MARGEM EBITDA
Meo
Nos
Vodafone
Cruz Quebrada Media
Media Capital
Lusa
Cofina
Baleskapress
Renascença
Impresa
Multipublicações
RBA
Nowo
Impala
Global Family Editions
RTP
Terra de Letras
Plot
Light House
Grupo V
Masemba
Motorpress Rodale Portugal
Global Media
Público
Luxuspress
42,22 %
35,27 %
28,68 %
26,02 %
23,86 %
17,15 %
13,52 %
13,28 %
10,82 %
7,54 %
7,00 %
6,19 %
6,03 %
6,02 %
5,04 %
4,87 %
4,07 %
2,65 %
2,64 %
2,42 %
-10,59 %
-11,50 %
-12,43 %
-24,02 %
-102,41 %