ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume I
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concentradas e que se apresenta como um custo para
os operadores de STVS, não foi um fenómeno comum
a todos os operadores, sugerindo o aumento da pressão
dos distribuidores de STVS sobre os conglomerados
media
, como forma de diminuírem os seus próprios
custos.
No cômputo geral, e salvo raras exceções, o decréscimo
global de receitas traduziu‑se no decréscimo dos
resultados antes de impostos, resultados financeiros,
depreciações e amortizações (EBITDA) destas
empresas, não tendo ocorrido, como em 2015, uma
adaptação das estruturas de custos ao enquadramento
mais adverso de geração de receitas, por forma a
permitir o crescimento dos resultados na função
operacional. Apesar de tudo, tanto ao nível operacional
como líquido, a maioria das empresas da amostra
manteve‑se rentável (Fig. 16). Exceções foram o jornal
Público
, a Masemba e a Global Media que constituem
influências negativas nos respetivos segmentos.
A avaliação da
performance
individual de cada empresa
integrante desta amostra pode ser vista no capítulo
MARGEM LÍQUIDA 2016
Cruz Quebrada Media
Lusa
Baleskapress
Media Capital
Nos
RBA
Global Family Editions
Cofina
Renascença
Impala
Multipublicações
Vodafone
Grupo V
Impresa
Terra de Letras
Plot
Light House
RTP
Meo
Masemba
Motorpress Rodale Portugal
Público
Nowo
Luxuspress
Global Media
Fig. 16 -
Margem operacional e líquida 2016 - setor rentável tanto ao nível operacional como líquido. Fonte: Demonstrações financeiras, elaboração ERC.
19,2 %
13,9 %
13,3 %
11,0 %
5,9 %
5,2 %
4,9 %
4,3 %
4,2 %
4,1 %
3,7 %
3,0 %
1,7 %
1,3 %
1,1 %
1,0 %
0,9 %
0,8 %
-0,6 %
-11,3 %
-11,7 %
-25,0 %
-27,9 %
-102,4 %
-241,9 %
5 deste estudo, onde se descrevem os perfis dos
principais intervenientes do setor.
Relativamente ao perfil financeiro, constata‑se que
as empresas mais pequenas eram, no final de 2016,
as menos endividadas. Para efeitos de avaliação do
grau de endividamento, é pertinente analisá-lo face
à capacidade de a empresa gerar resultados antes
de impostos, resultados financeiros, depreciações
e amortizações (Fig. 17) e face aos ativos totais no
balanço (Fig. 18).
Um rácio de EBITDA face à dívida líquida menor significa
que são necessários menos anos de operações para
pagar a dívida existente à data do reporte financeiro.
É evidente que, na amostra de empresas, recolhida em
2016, as empresas de maiores dimensões, e por isso
com maior acesso ao financiamento bancário ou com
maior apoio acionista, eram as que tinham mais dívida
quando comparada com a sua capacidade de gerar
resultados através da função operacional. Tanto a MEO,
como a Nowo, como o Público têm como principal