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RBA Media Group, presente nos segmentos de revistas,
colecionáveis e livros, e em expansão para os
media
audiovisuais. Grupo de comunicação líder, presente
em 49 países, com mais de 12 milhões de leitores,
possui uma equipa de trabalho de quase 1 500 pessoas
e está presente em Espanha (Barcelona e Madrid),
Portugal, Itália, Argentina e Brasil. O Grupo é controlado
por Ricardo Rodrigo Amar.
Em Portugal, a RBA comercializa diversas revistas
do grupo, na sua versão portuguesa ou original, sendo
responsável pela operação de títulos de relevância
em termos de circulação, como a
Elle
, a
National
Geographic Portugal
, a
Cozina Fácil,
entre outros.
A RBA Portugal iniciou a sua atividade em 2006, com
a aquisição dos direitos editoriais da revista
National
Geographic
e, em 2013, por incorporação da empresa
RBA II Publicações Lda., passou também a deter
os direitos editoriais da revista
Elle
.
Para a RBA Portugal, 2016 foi desafiador, tendo
a empresa apresentado uma quebra de receitas
de exploração e resultados, consistentes com as
tendências macro do setor de redução da circulação
e relevante grau de concorrência.
Milhares de euros
2016
2015
2014
Receitas de exploração
213 195
210 309 212 759
EBITDA
10 380
12 840
10 515
Resultado líquido
1 641
3 985
38 226
Ativo
344 569
339 333 332 964
Passivo
368 407
365 033 362 566
Capital próprio
-23 838
-25 701 -29 602
Fig 58 -
Sumário de indicadores financeiros. Fonte: Demonstrações
financeiras, elaboração ERC.
A diminuição dos subsídios à exploração e o aumento
dos custos com mercadorias vendidas, consequência
do aumento dos gastos com subcontratação, alugueres,
pagamentos e avenças, entre outros, causaram uma
quebra nos resultados antes de impostos, resultados
financeiros, depreciações e amortizações (EBITDA)
de 19 %, para 10 380 milhares de euros, acompanhados
de deterioração da margem respetiva.
Já a nível de resultado líquido, a diminuição face a 2015
continuou a ser significativa, em grande parte devido
à ausência de cerca de 4 400 milhares de euros de
proveitos financeiros que ocorreram no ano anterior e
menores créditos de imposto. Tal como em 2015, estes
proveitos financeiros estão associados ao justo valor
do veículo de financiamento à RTP, denominado de
Eurogreen, e que, em novembro de 2015, a RTP adquiriu
100 % das posições dos mutuantes. O resultado líquido
atingiu 1 641 milhares de euros.
Neste enquadramento, a capacidade de geração de
fluxos de caixa operacionais deteriorou‑se. O fluxo de
caixa gerado pelas operações não foi suficiente para
cobrir os investimentos em ativos fixos realizados
durante o ano, que aumentaram face a 2015, causando
um aumento do endividamento global da empresa.
O
stock
de dívida acumulada continuou a aumentar,
representando, no final de 2016, cerca de 32 % do ativo.
O capital próprio permaneceu negativo em cerca de 23 838
milhares de euros, resultado dos prejuízos acumulados ao
longo de anos. A dívida líquida situou‑se em 9,6x o EBITDA,
valor sintomático do elevado grau de alavancagem da
empresa que, como já foi referido, permanece em trajetória
ascendente tanto em termos absolutos como em proporção
da capacidade de geração de
cash flow
operacional.
A RTP é detida a 100 % pelo Estado português através
da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças.
RBA REVISTAS PORTUGAL LDA.
A RBA Revistas Portugal Lda. (RBA Portugal ou
empresa) é parte integrante do Grupo 100 % espanhol
COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS DE EXPLORAÇÃO, EM 2016
Fig. 59 -
Composição das receitas de exploração, em 2016.
Fonte: Demonstrações financeiras, elaboração ERC.
31%
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
67%
VENDAS DE PRODUTOS A TERCEIROS
2%
VENDAS DE PRODUTOS A EMPRESAS DO GRUPO
67%
VENDAS DE PRODUTOS
A TERCEIROS
As vendas e prestações de serviços desceram 6,9 %,
para os 2 788 milhares de euros, em 2016, o que
apesar do aumento de eficiência da estrutura de custos
operacionais, levou a uma quebra nos resultados
antes de impostos, encargos financeiros, depreciações
e amortizações (EBITDA) de 42 % para 173 milhares
de euros e inerente diminuição de margem. A empresa
continuou a ser rentável, com um resultado líquido
de 145 milhares de euros no final de 2016, mas
ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA DO SETOR DE
MEDIA
EM PORTUGAL 2016