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ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume I
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2016 foi mais um ano positivo para a
Rádio Renascença
.
As vendas e prestação de serviços cresceram 6,2 %,
um resultado contrário ao panorama que envolve vários
regulados cobertos nesta análise, em particular os
conglomerados de conteúdos, a refletir a liderança
medida em vários indicadores, tanto no negócio
tradicional como no negócio digital.
No entanto, os resultados antes de impostos, resultados
financeiros, depreciações e amortizações (EBITDA)
tiveram uma quebra de 14 % face a 2015, atingindo
os 2 230 milhares de euros, consequência do aumento
dos fornecimentos e serviços externos e dos custos com
pessoal. A margem EBITDA também se deteriorou, e o
pagamento de menos impostos explicou o crescimento
dos resultados líquidos de 162 milhares de euros,
em 2015, para 873 milhares de euros, em 2016.
Neste enquadramento, a capacidade de geração
de fluxos de caixa operacionais contribuiu para uma
diminuição dos níveis de endividamento, apesar de
os investimentos em ativos fixos serem superiores
aos de 2015, que se explicaram maioritariamente pela
aquisição de novas instalações para a sede. O fluxo de
caixa operacional cobriu a dívida total no final de 2016
em mais de 50 % e a relação de dívida líquida / EBITDA
foi inferior a 2x, ambos valores bastante conservadores.
Milhares de euros
2016
2015
2014
Receitas de exploração
20 617
19 412
18 547
EBITDA
2 230
2 596
1 597
Resultado líquido
873
162
-310
Ativo
18 958
21 857
22 575
Passivo
13 233
16 777
18 300
Capital próprio
5 725
5 080
4 275
Fig 56 -
Sumário de indicadores financeiros. Fonte: Demonstrações
financeiras, elaboração ERC.
RÁDIO E TELEVISÃO DE PORTUGAL, S.A.
A Rádio e Televisão de Portugal, S.A. (RTP ou empresa)
tem como objeto principal a prestação do serviço
público de rádio e de televisão, nos termos das Leis
da Rádio e da Televisão e do respetivo contrato de
concessão, podendo prosseguir quaisquer atividades,
industriais ou comerciais, relacionadas com a atividade
central, na medida em que não comprometam
ou afetem a prossecução do serviço público referido.
São essas atividades as seguintes:
a)
Exploração da atividade publicitária, com limites
previstos no respetivo contrato de concessão;
b)
Produção e disponibilização ao público de bens
relacionados com a atividade de rádio ou de televisão,
nomeadamente programas e publicações;
c)
Prestação de serviços de consultoria técnica e de
formação profissional e cooperação com outras
entidades, nacionais ou estrangeiras, especialmente
com entidades congéneres dos países de expressão
portuguesa;
d)
Participação em investimentos na produção de obras
cinematográficas e audiovisuais.
A RTP deu início à sua atividade de divulgação de
informação em 1935, com a transmissão das primeiras
emissões na
Rádio Pública
(EN). Em 1957, foram
iniciadas as emissões de televisão e em 1992, as
transmissões a nível internacional. Cinco anos mais
tarde (1997), foi criada uma plataforma digital.
Com 80 anos de Rádio, 58 de Televisão e 17 de
Online
,
em 2007, estes meios, historicamente dispersos em
várias empresas, fundiram‑se numa só dando origem
à RTP, no formato atual.
Atualmente, a RTP opera os canais
RTP1, RTP2, RTP3,
RTP Memória, RTP África, RTP Internacional, RTP
Açores, RTP Madeira, as rádios Antena1, Antena2,
Antena3, RDP África, RDP Internacional, RDP Açores,
RDP Madeira Antena1, RDP Madeira Antena2, Antena1
Lusitânia, Antena1 Vida, Antena1 Fado, Antena2 Ópera
e
Antena1 Memória
.
2016 foi um ano positivo para a RTP. As receitas de
exploração cresceram 1,4 % face a 2015, resultado
do aumento da taxa de contribuição audiovisual
contemplada no orçamento de Estado de 2016, da
recuperação das receitas de publicidade e da venda
de programas. De salientar que na RTP, a publicidade
apenas representa cerca de 11 % das receitas de
exploração, enquanto a contribuição para o audiovisual
(CAV), atinge 79 % (Fig. 57).
COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS DE EXPLORAÇÃO, EM 2016
Fig. 57 -
Composição das receitas de exploração, em 2016.
Fonte: Demonstrações financeiras, elaboração ERC.
79%
CONTRIBUIÇÃO AUDIOVISUAL
11%
PUBLICIDADE
10%
OUTROS
79%
CONTRIBUIÇÃO
AUDIOVISUAL