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ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume II

100

atividades/propostas de partidos políticos

,

orçamento

do Estado

e

políticas fiscais/financeiras

.

As

atividades da Presidência da República

salientam as

iniciativas de Marcelo Rebelo de Sousa – eleito a 24 de

janeiro, que tomou posse em 9 de março –, através

das visitas de Estado e das declarações do

Presidente

da República

sobre a concertação social e o aumento

do salário mínimo, o veto à gestação de substituição

(“barrigas de aluguer”) e a promulgação das 35 horas

laborais na Função Pública. Em julho, destacam‑se

os comentários à autorização de levantamento do

sigilo ao conselheiro de Estado, António Lobo Xavier,

que veio dizer que Cavaco Silva, o anterior Presidente

da República, não defendeu a aplicação de sanções

económicas.

O

Presidente da República

Cavaco Silva foi referido nos

balanços dos seus dois mandatos e ao promulgar a

adoção por casais homossexuais e as alterações à lei

do aborto.

As

políticas económicas

refletiram o fim do acordo

do Banco Português de Investimento (BPI) com o

CaixaBank e a Santoro Finance de Isabel dos Santos e

a recuperação da maioria acionista da TAP pelo Estado.

O Banco Central Europeu exigiu a eliminação dos tetos

salariais para os gestores da Caixa Geral de Depósitos

(CGD), em junho, e, em agosto, a coordenadora do BE,

Catarina Martins recusou alterações à Lei Bancária

para entrada dos administradores vetados por

acumulação de cargos.

Dentro do subtema

atividades/propostas de partidos

políticos

, destaca‑se a cobertura das eleições

presidenciais, de 24 de janeiro, e as internas do

CDS‑PP, de 12 e 13 de março. A nomeação de Assunção

Cristas para presidente deste partido e o lançamento da

sua candidatura à autarquia de Lisboa são destacados.

O BE e o PCP surgem pelas propostas para a

renegociação da dívida e o aumento do salário mínimo,

e o CDS‑PP e o PSD pelas declarações de património

dos administradores da CGD. A regulação das empresas

com contabilidade noutro país (as

offshores

), o combate

à fraude e evasão fiscais e as eventuais sanções da

União Europeia a Portugal surgem neste subtema.

O

orçamento do Estado

é representado através do

impacto da resolução do Banif no défice e as reações

da Comissão Europeia e das agências de

rating

.

As

políticas fiscais e financeiras

surgem também

através da hipótese de segundo resgate, a não

devolução da sobretaxa do Imposto sobre o Rendimento

de Pessoas Singulares (IRS) e anúncio do seu fim em

2017. A ausência de sanções da Comissão Europeia

A) Diversidade e pluralismo temático

De acordo com a Lei, a informação dos canais

generalistas deve ser plural e diversa, ou seja,

no que respeita aos temas cobertos pelos serviços

noticiosos, deve mostrar ocorrências variadas.

A avaliação da diversidade é feita através da

multiplicidade de temas dominantes nas peças,

tendo como critérios o ângulo escolhido para

a construção jornalística e a duração do assunto

principal no conjunto da peça.

Para o analisar, recorre-se a uma lista

convencionada pela ERC com 21

temas

dominantes

, subdivididos em 191 subtemas.

Política

,

desporto

e

ordem interna

prevalecem nos

telejornais de horário nobre

Na amostra dos telejornais de 2016 estão presentes

20 dos 21 macro

temas dominantes

previstos na grelha

de análise da ERC, excetuando‑se a categoria

grupos

minoritários

(note‑se que alguns temas relacionados

com este se encontram em outras grandes categorias

temáticas, como

população

). A

política nacional

é o

tema

que predomina na maioria dos blocos

informativos, sendo mais evidente nos conteúdos

dos operadores de serviço público. O “Jornal das 8”

é a exceção, já que a

ordem interna

é a categoria

mais presente.

Além da

política nacional

, os

temas desporto

e

ordem

interna

dominam nos alinhamentos do “Telejornal”,

“Jornal da Noite” e “Jornal das 8”. Estas três

categorias

temáticas

concentram a metade das

peças transmitidas.

O “Jornal 2” é o bloco noticioso mais singular.

À parte o predomínio da

política nacional

, a

política

internacional

e a

cultura

são os

temas

mais recorrentes

– juntos detêm 62,3 % das peças. O

desporto

, enquanto

tema

dominante, é residual neste bloco informativo.

Em termos globais, as

temáticas

menos frequentes

são

educação

e

defesa

.

Presidência da República

,

partidos políticos

e

orçamento do estado

sobressaem na

política nacional

Considerando o peso da

política nacional

nos quatro

telejornais, verifica‑se a predominância dos seguintes

subtemas

(ver Fig. 1 no Anexo III):

atividades da

Presidência da República

,

políticas económicas

,