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exceção, já que produziu o estudo para uso próprio,
à semelhança do expediente por vezes utilizado pela
Marktest desde 2012, ano em que deixou de ter clientes
para os seus barómetros políticos.
Fig. 21 –
Evolução das intenções de voto presidencial em sondagens
pré‑eleitorais (janeiro de 2016)
Depósitos de sondagens pré-eleitorais, comuniverso alvo de Portugal e Portugal
Continental, que abordarama intenção de voto emeleições presidenciais: N=7 (2016)
Os dados desta figura são projeções de intenção de voto onde se encontram
excluídos os não votantes declarados e os indecisos e não respondentes. Apenas
são apresentados os segmentos cujo valor percentual é ≥1%.
Marisa Matias
Vitorino Silva
Marcelo Rebelo de Sousa
Maria de Belém
Paulo Morais
Edgar Silva
Sampaio da Nóvoa
Henrique Neto
EVOLUÇÃO DAS INTENÇÕES DE VOTO PRESIDENCIAL
EM SONDAGENS PRÉ-ELEITORAIS
Último dia de trabalho de campo
05/01 07/01 09/01 11/01 13/01 15/01 17/01 19/01 21/01
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
No âmbito da precisão das sondagens, o balanço dos
estudos pré-eleitorais para as eleições presidenciais
de 2016 é, no geral, positivo. É certo que se verificou
alguma sobrestimação das projeções para Maria de
Belém Roseira e subestimação para Marisa Matias.
Todavia, é preciso ter em consideração que o trabalho
de campo de alguns dos últimos estudos começou a
ser realizado dez dias antes da eleição, tendo acabado
sete dias antes para outros, o que, tendo em conta a
realidade agitada dos últimos dias de campanha, pode
explicar a dificuldade na identificação dessas tendências.
Importa, contudo, salientar que a comparação entre as
estimativas de sondagens pré-eleitorais e os resultados
finais de eleições, sejam elas quais forem, é um exercício
que deve ser realizado com as devidas ressalvas
pois são confrontados valores que dizem respeito
a duas realidades distintas: no caso das sondagens
pré‑eleitorais, à projeção (filtrados os abstencionistas
e redistribuídos os indecisos) da intenção de voto
declarada num dado momento do tempo relativamente
a uma eleição que ainda não ocorreu; e, no caso
dos resultados eleitorais, à contabilização dos votos
expressos pelos eleitores que participaram no escrutínio.
Como resulta evidente, e por maior que seja o rigor
empregue para minorar os potenciais erros previstos
pela própria teoria estatística, não se pode olhar para
as mesmas como se se tratassem de previsões, mas
sim de estimativas construídas sob determinados
pressupostos que podem não se verificar no dia das
eleições. No caso das sondagens realizadas “à boca da
urna” a situação é algo distinta, já que as entrevistas são
realizadas junto dos locais de voto e apenas a indivíduos
que já exerceram o seu direito de voto. Não é por acaso
SONDAGENS E ESTUDOS DE OPINIÃO
Fig. 20 –
Tendência da evolução das intenções de voto legislativo no ano de 2016
Depósitos de sondagens, com universo alvo de Portugal e Portugal Continental, que abordaram a intenção de voto em eleições legislativas: N=25 (2016).
Os dados desta figura são projeções de intenção de voto onde se encontram excluídos os não votantes declarados e os indecisos e não respondentes.
PAN
PS
PSD
BE
CDS/PP
CDU
TENDÊNCIA DA EVOLUÇÃO
DAS INTENÇÕES DE VOTO LEGISLATIVO
Último dia de trabalho de campo
01/01
31/01
01/03
31/03
30/04
30/05
29/06
29/07
28/08
27/09
27/10
26/11
26/12
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%