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PLURALISMO E DIVERSIDADE NOS SERVIÇOS DE PROGRAMAS TELEVISIVOS
ANÁLISE DA INFORMAÇÃO DIÁRIA –
RTP1
,
RTP2
,
SIC
, E
TVI
e
sociedade
, sem contudo inverter a tendência dos
restantes canais de dar maior visibilidade aos
homens
.
Na totalidade dos blocos de horário nobre, o
protagonismo dos
homens
dispersa‑se pelas várias
áreas de proveniência, com destaque para a
política
nacional (Presidente da República
e
ministros)
, o
desporto
(futebolistas e treinadores portugueses)
,
comunidade internacional
(
representantes de Estado
e de Governo estrangeiros
e
representantes de partidos
políticos estrangeiros
, sobretudo dos Estados Unidos
da América), a
ordem interna
(os
suspeitos de crimes
e atos ilícitos
, em peças sobre atos terroristas),
a
cultura
(
artistas e outros criadores
, maioritariamente
portugueses, mas também norte‑americanos)
e a
economia, finanças e negócios (representantes
de organismos económico‑financeiros
, de bancos
portugueses,
grandes empresários
estrangeiros
e
pequenos e médios empresários e empresários
em nome individual
portugueses).
Têm também uma presença significativa os
atores
masculinos
da
comunidade europeia
(Presidentes
e primeiros‑ministros de países‑membros)
e da
sociedade
(
moradores/habitantes
).
As mulheres concentram-se na
política nacional
e
europeia,
cultura
,
sociedade
,
ordem interna
e
saúde
Na maior parte dos casos, as
mulheres
são
protagonistas
em peças sobre
política nacional
,
com destaque para Maria Luís Albuquerque, como
ex‑ministra das Finanças, deputada e vice‑presidente
do PSD, acompanhada por Assunção Cristas, presidente
do CDS‑PP e, em metade destas peças, por Catarina
Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda,
e Maria de Belém Roseira, enquanto
cabeça
de lista/candidata
às eleições presidenciais.
Seguem‑se as
protagonistas
, em número
aproximado de peças, da
cultura
(atrizes, cantoras
e escritoras portuguesas e anglo‑saxónicas) e da
sociedade
(as
cidadãs comuns
, as
representantes
de outros movimentos cívicos/humanitários
e as
moradoras/habitantes
).
Em menor proporção surgem as
protagonistas
da
comunidade europeia
(na sua maioria,
representantes
de Estado e de Governo dos países‑membros
), da
ordem
interna
(
suspeitas de filicídio
e
vítimas, em particular
de violência doméstica) e da
saúde e ação social
(
médicas e técnicas especializadas
e
representantes
de instituições de apoio social
).
As áreas em que há menos
protagonistas
femininas são
as da
ciência e tecnologia
,
relações laborais
,
população
,
Os
homens
continuam a dominar a agenda jornalística
Uma percentagem significativa dos
protagonistas
das peças noticiosas analisadas é do sexo
masculino
– acima dos 75 %, sobretudo oriundos da
política
nacional
,
desporto
,
comunidade internacional
,
ordem
interna
,
cultura
e
economia, finanças e negócios
.
Seguem‑se as
protagonistas
femininas
, menos de um
quinto das peças em que sobressaem os
homens
, na
sua maioria provenientes da
política nacional
,
cultura
e
sociedade
.
Em terceiro lugar, estão as peças com
atores
de
ambos os sexos
, categoria que abrange
protagonistas
da mesma área de proveniência (em 2016, sobretudo
da
política nacional
e da
sociedade
), mas de
sexos
diferentes (as ocorrências incluem, por exemplo, um
e uma secretário/a‑geral e presidentes dos partidos;
um morador e uma moradora).
O “Jornal2” confere mais visibilidade às mulheres
Entre os blocos considerados na análise, o “Jornal2”
é o que dá mais protagonismo às
mulheres
, nas áreas
da
política nacional
,
cultura
,
comunidade europeia
MASCULINO
76,5%
73,8%
FEMININO
14,7%
17,4%
AMBOS OS SEXOS
8,2%
8,7%
NÃO
IDENTIFICÁVEL
0,6%
MASCULINO
76,9%
75,1%
FEMININO
13,2%
14,5%
AMBOS OS SEXOS
8,9%
9,1%
NÃO
IDENTIFICÁVEL
1,0%
1,3%
“TELEJORNAL” (
RTP1
) – N = 660
“JORNAL 2” (
RTP2
) – N = 344
“JORNAL DA NOITE” (
SIC
) – N = 705
“JORNAL DAS 8” (
TVI
)– N = 772
“JORNAL 2” (
RTP2
)
“JORNAL DAS 8” (
TVI
)
“TELEJORNAL” (
RTP1
)
“JORNAL DA NOITE” (
SIC
)
Fig. 7 –
Sexo dos atores principais das peças, por serviço de programas (2016)
Nota: Esta análise integra apenas as peças em que se identificam atores.