ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume II
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Seguem‑se os
partidos políticos da oposição parlamentar
(PCP, BE, PSD e CDS‑PP) e, em terceiro lugar, a
Presidência da República
. Neste último caso, a
fonte
é,
maioritariamente, Marcelo Rebelo de Sousa, eleito em
janeiro de 2016.
De seguida, e com o mesmo peso, estão o
Governo
e/ou partido do Governo em conjunto com partidos da
oposição
, assim como as
autarquias
. No primeiro caso,
trata‑se das discussões políticas em torno de medidas
governativas, muitas delas com lugar na Assembleia da
República. No segundo caso, destacam‑se as atividades
variadas dos órgãos executivos locais e as reações
à ocorrência de
incêndios
e
acidentes e catástrofes
.
De notar ainda o peso das
fontes
provenientes de
candidaturas presidenciais
, justificado pela realização
de eleições no início do ano.
As fontes do
futebol
dominam o
desporto
, à exceção
da
RTP2
O
desporto
é, na quase totalidade dos blocos
informativos, a segunda categoria de
fontes
mais
presente. Não é o caso do “Jornal 2”, da
RTP2
, onde
apenas atinge os 0,6 %.
Dentro do
desporto
, o futebol é predominante e
evidenciam‑se as
associações e clubes desportivos
nacionais, nomeadamente os treinadores e jogadores das
três principais equipas das Primeira Liga (Benfica, Porto
e Sporting) (ver Anexo IV). Seguem‑se as
organizações/
federações desportivas
, refletindo a seleção portuguesa
de futebol no âmbito da realização do campeonato
europeu, e, com menor peso, as comitivas, nacionais e
internacionais, presentes nos Jogos Olímpicos do Brasil.
O “Jornal 2” aposta em fontes provenientes da
cultura
Apresentando características distintas dos outros
noticiários, o “Jornal 2” tem como segunda categoria
de
fontes
mais representada a
cultura
. São, sobretudo,
artistas e outros criadores
. A sua proeminência deve‑se
à realização de entrevistas em estúdio aos protagonistas
culturais, bem como a peças de divulgação de eventos.
A eleição de Donald Trump contribui para o peso das
fontes da
comunidade internacional
A terceira categoria de
fontes
mais visível na
RTP2
e na
RTP1
é a
comunidade internacional
. Destacam‑se os
representantes de Estado e de Governos estrangeiros
,
C) Diversidade e pluralismo de fontes de informação
A identificação das fontes de informação é um dos
elementos essenciais do rigor informativo. Permite
aos recetores interpretar a informação de acordo
com a sua proveniência.
Por outro lado, a análise das fontes de informação
é também considerada na avaliação da diversidade
informativa. A sua diversificação incrementa a
validação e confrontação dos factos relatados.
Esta análise recorre a um total de 20 categorias
de análise, correspondentes a 142 subcategorias
específicas de proveniência de fontes de informação.
Apenas se identifica a fonte de informação
dominante e a sua classificação faz-se com base
no conteúdo manifesto das peças.
Política Nacional
e
futebol
entre as fontes mais
consultadas
No conjunto dos quatro operadores, 89,0 % das peças
identificam a origem da informação relatada
5
.
Por outro lado, todos os noticiários apresentam
fontes
de informação
provenientes de 19 das 20 categorias
de análise, excetuando‑se as originárias de
grupos
minoritários
(note‑se, no entanto, que algumas
fontes
relacionadas se encontram em outras grandes
categorias, como
população
).
Apesar da diversificação de categorias de
fontes
, a sua
distribuição é distinta, com algumas delas a obterem
valores residuais (
defesa
,
urbanismo
,
educação
e
ambiente
), enquanto outras registam um predomínio
acentuado.
Governo
,
partidos políticos
e
Presidente da República
são as fontes mais frequentes da
política nacional
As
fontes
da
política nacional
são as mais utilizadas nos
quatro noticiários, embora com destaques diferentes.
O “Jornal 2” regista a fatia mais significativa (34,3 %),
enquanto o “Jornal das 8” obtém um peso menos
significativo (18,2 %).
Dentro desta área de
fontes
há um conjunto de
subcategorias que se evidencia. A mais presente é o
Governo
. Trata‑se, na maior parte dos casos, de
fontes
personalizadas: António Costa, Primeiro‑Ministro, e
vários ministros do seu executivo (ver Fig. 3 do Anexo III).
5)
Para mais informações sobre o rigor informativo, vide o ponto 2 do presente Capítulo.