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ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA DO SETOR DE
MEDIA
EM PORTUGAL 2016
generalista, o
TVI 24
, o
TVI Ficção
, o
TVI Internacional
e,
até 30 de novembro de 2015, o canal de entretenimento
por cabo,
+TVI
. Iniciou ainda a emissão de dois canais
temáticos, o
TVI Reality
e o
TVI África
, em exclusivo para
os respetivos operadores.
A MCP – Media Capital Produções, S.A. (MCP) é a
empresa do Grupo Media Capital que desenvolve o
negócio de produção audiovisual assegurado pela
PLURAL Entertainment Portugal, S.A. (PLURAL)
no mercado português, cuja atividade é a criação,
produção, realização e exploração de conteúdos
televisivos, bem como o apoio à produção de conteúdos
e eventos.
Adicionalmente, a MCP detém a PLURAL Entertainment
España, S.A. (PLURAL España), que opera no mercado
espanhol e latino‑americano. As atividades desta
área de negócio são a produção, serviços de apoio
à produção, realização e exploração de conteúdos
televisivos, obras cinematográficas e audiovisuais,
bem como outros serviços relacionados.
A MCR II – Media Capital Rádios, S.A. (MCR II)
é a empresa do Grupo que desenvolve a atividade
radiofónica. As suas participadas detêm os alvarás
para o exercício da radiodifusão sonora e difundem,
em Portugal, a
Rádio Comercial
, a
Cidade
e a
M80
,
entre outras.
A Media Capital Digital, S.A. (Digital) é a empresa que
desenvolve o negócio de Internet, através do portal
www.iol.pt, que apresenta uma rede de conteúdos
próprios, um diretório de classificados e publicidade
online
.
A MCME – Media Capital Música e Entretenimento,
S.A. (MCME) é a empresa que desenvolve o negócio
de música, tendo as suas participadas a atividade
de produção de fonogramas, produção audiovisual e
multimédia, compra e venda de discos e equiparados,
produção de eventos e agenciamento de artistas.
A CLMC – Multimédia, Unipessoal, Lda. (CLMC) explora
a atividade de aquisição e distribuição de direitos
cinematográficos, essencialmente, em meios como
cinema e televisão.
O Grupo Media Capital foi criado em 1992 com
a sua atividade assente maioritariamente na
área de imprensa, iniciada em 1989, com o jornal
O Independente
.
Em 1997, o Grupo Media Capital expandiu‑se com
a aquisição das rádios
Comercial
e
Nostalgia
. Entre
1998 e 1999, foi adquirida a quase totalidade do capital
da
TVI
. Entre 1999 e 2003, o Grupo expandiu as suas
operações de rádio, entrou no mercado de publicidade
outdoor e lançou a área de Internet, com a criação
do portal IOL, em 2000.
A entrada do Grupo no capital da Nicolau Breyner
Produções (NBP), em 2001, e o seu controlo no ano
seguinte, consolidou o negócio de televisão como um
todo, através da aposta estratégica na ficção portuguesa
como conteúdo televisivo de sucesso da programação
da
TVI
. Em 2003, a Media Capital entrou na área da
distribuição cinematográfica, em parceria com a
Castello Lopes, e da edição discográfica, com a criação
da MC Entertainment e a aquisição da Farol Música.
Contudo, a atividade cinematográfica foi descontinuada
em 2011.
Em 2004, o Grupo foi admitido à cotação em bolsa e em
2005 o Grupo Prisa tomou uma importante participação
na Media Capital, tendo passado a assumir a gestão
executiva desde então. Em 2007, e na sequência de duas
OPA’s, o Grupo Prisa passou a deter a quase totalidade
do capital do Grupo.
Em 2008, a Media Capital alienou a área de imprensa
à Progresa (empresa do Grupo Prisa) e, no final do ano,
adquiriu a Plural Espanha que, juntamente com a NBP,
deu origem à Plural Entertainment, uma das maiores
produtoras internacionais em língua portuguesa
e espanhola.
O Grupo Prisa está atualmente presente em 22 países,
sendo um dos principais grupos de comunicação,
informação, educação e entretenimento em Espanha,
Portugal e na América e tem as ações admitidas
à cotação na Bolsa de Valores de Madrid.
A Media Capital, cujas ações estão admitidas à cotação
na Euronext Lisboa, é detida em 94,7 % pela Vertix,
do Grupo Prisa, e em 5 % pelo NCG Banco (ABANCA).
Por sua vez, a Vertix, através do Grupo Prisa, tem
como principais acionistas a gestora de ativos Amber,
representada por Joseph Oughourlian, a empresa
Rucandio S.A., propriedade da família Polanco,
fundadora da Prisa, a Telefónica, o HSBC e o Grupo
Herradura Occidente, do empresário mexicano Roberto
Alcántara Rojas.
O ano de 2016 foi menos desafiador para a Media
Capital que 2015, uma vez que as receitas de
exploração continuaram em queda, mas a um ritmo
menor que no ano anterior, diminuindo apenas 0,2 %.
Esta performance reflete a recuperação no mercado
publicitário tanto na televisão como na rádio e digital,
a par do aumento dos proveitos com direitos de
transmissão, que globalmente compensaram a quebra
de receitas de produção de conteúdos e o efeito de
concentração de rádios. Olhando para a divisão entre
segmentos de negócio, as receitas de televisão foram
as únicas a apresentar crescimento.