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PARTE II
CONSUMO DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS
A presença da televisão no quotidiano dos portugueses, a
forma de acesso e a tipologia de conteúdos guiaram a
construção da secção seguinte.
EQUIPAMENTOS/APARELHOS
A seguir ao televisor, o telemóvel/
smartphone
é o dispositivo
commaior presençano lar dos portugueses (75.2 %), seguido
pelo computador portátil/
laptop
(52.9 %), o leitor/gravador
de DVD (48.5 %), o computador de secretária/
desktop
(32.5 %), o
tablet
(30.2 %) e as consolas de jogos (26.2 %).
CONSUMO POR TIPOS DE CONTEÚDOS
A “informação” é o segmento programáticomais procurado
(89.5 %), seguindo-se os produtos de
stock
“telenovelas”,
“filmes” e “séries” com uma média de 56.3 %. O “entrete-
nimento”, com50.3 %, precede os “documentários” (47.2 %)
e o “desporto” (44.6 %). A “música” e os “desenhos ani-
mados” finalizam a lista, com valores abaixo dos 30 %.
Por género, verifica-se que os homens consomem, de forma
mais expressiva, conteúdos de “informação”, “séries”,
“documentários”, “filmes”, “desporto” e “música”, enquanto
as mulheres são maiores consumidoras de “telenovelas”,
“entretenimento” e, provavelmente numacompanhamento
de filhos menores, de “desenhos animados”.
A “informação” temuma adesão acima dos 80 % por parte
de todas as faixas etárias, à exceção damais jovem(68,9 %
nos 15-24). Os indivíduos dos 15-24 anos preferem as
“séries” (80,7 %), enquanto as faixas centrais –25 aos 54
anos – escolhememsegundo lugar os “filmes”, comuma
média de consumo na ordem dos 70 %, e as duas faixas
etáriasmais velhas – 55-64 emaiores de 65 anos – colo-
cam as “telenovelas” (c. 65 %) no segundo lugar das suas
preferências.
O televisor continua a ser o meio de acesso privilegiado,
com valores acima dos 90 %, sendo que os restantes
dispositivos – computador de secretária/
laptop
,
tablet
e
smartphone
– registamvalores de utilização para consumo
de conteúdos audiovisuais sempre abaixo dos 31 %.
CONSUMO EM DIRETO
VERSUS
CONSUMO EM DIFERIDO
67,2 % dos 1005 inquiridos que veemtelevisão pelomenos
uma vez por semana e que indicam a percentagem de
tempo despendido a ver conteúdos, só assistema televisão
“em direto”. Por faixas etárias, verifica-se que o maior
consumo em diferido é realizado pelos indivíduos com
25-34 anos (52,8 %), seguindo-se os escalões etários
15-24 (46,6 %) e 35-44 (45,4 %). Pelo contrário, entre os
inquiridos maiores de 65 anos apenas 7 % consomem te-
levisão sem ser em direto.
Dos 33,8 % de indivíduos que consomem conteúdos au-
diovisuais emdiferido, assinala-se uma utilização recorrente
das funcionalidades disponíveis, sendo a principal “voltar
para trás para ver umprograma de início ou ummomento
particular” (87,9 %), seguindo-se “ver programas disponí-
veis na
box
, mas que não foram gravados por si” (61,5 %)
e, por fim, com49,4 % “gravar antecipadamente programas”.
Observa-se ainda que os conteúdos de
stock
são osmais
procurados para consumo em diferido.
Dos330 inquiridos que gravamantecipadamenteprogramas,
49,7 % visiona-os num prazo de três dias e 10,6 % assiste
no próprio dia (VOSDAL–
viewon the same dayas life
). Das
quatro razões apresentadas para o consumo de conteúdos
fora dohorário de emissão, destaca-se que66,1 % considera
“muito importante” apossibilidade de “ver emhoráriosmais
adequados àsminhas rotinas” e30,6 %, considera “importante”
“poder ver programas que são transmitidos em diferentes
canais em simultâneo”. Como “nada importante” os inqui-
ridos apontam“poder ver vários episódios domesmoprograma
de seguida” (41,2 %) e “evitar ver publicidade” (36,7 %).
Dos 1005 inquiridos que veem televisão pelo menos uma
vez por semana e que indicam a percentagem de tempo
despendido a ver conteúdos, 30,9 % usa o “Guia TV”, seguindo-
-se o uso da “Informação Descritiva” (24,2 %). As restantes
funcionalidades oferecidas pelos aparelhos de televisão
AS
NOVAS DINÂMICAS
DO
CONSUMO AUDIOVISUAL
EM PORTUGAL
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