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PARTE I
CONSUMO DE
MEDIA
Esta secção temcomo objetivo compreender a relação que
os indivíduos estabelecemcomos diferentes
media
e com
as várias plataformas em contextos
in
e
outdoor
. Tal per-
mitiu produzir uma radiografia do atual ecossistema de
práticas mediáticas dos portugueses.
CONSUMO DE INTERNET
Tendo por base a ideia de que ter acesso à internet não
significa o acesso regular, procurou-se encontrar a per-
centagemde portugueses que acedemà rede pelomenos
uma vez por semana. Emcontraste coma narrativa vigente
sobre a digitalização do país, verificou-se que 39,5 % dos
inquiridos não acede à internet frequentemente, o que vem
corroborar os estudos referentes a estamatéria que colo-
cam Portugal na cauda da Europa.
Por regiões, o Algarve regista a maior percentagem de
acesso regular (72 %), seguindo-se a Grande Lisboa (67,9 %),
o Alentejo (58,2 %) e o Norte (53,3 %) e, emtermos etários,
observa-se umgrande fosso entre a regularidade de acesso
dosmais jovens (96,3 %) e dosmaiores de 65 anos (11,5 %).
As principais atividades desenvolvidas são o envio/receção
de
e-mails
(87 %), especialmente por homens, e o acesso
a redes sociais digitais (79,9 %), maioritariamente por
mulheres.
O acesso a jornais e revistas
online
regista 53,6 %, seguindo-
-se a rádio (22,7 %) e a televisão (21,7 %). Esta hierarqui-
zação está em linha comos conteúdos disponíveis
online
por meio em Portugal, com a imprensa a recorrer à
web
como extensão do papel que permite umaprofundamento
e umamais célere atualização de informação. Efetivamente,
a imprensa tem sido mais ativa do que os outros meios,
em especial a televisão, cuja oferta
online
está muito
centrada no
streaming
e na disponibilização de programas
já transmitidos, numa duplicação das funcionalidades
oferecidas pelas
boxes
.
A utilização da internet, emcontexto demobilidade, faz-se
maioritariamente através do
smartphone
e sobretudo pela
faixa etária dos 15-24 anos.
CONSUMO DE JORNAIS E REVISTAS
Mais de dois terços dos portugueses acedem, com regu-
laridade, a jornais e revistas, quer na versão impressa, quer
na versão
online
(68,2 %), com as faixas etárias dos 25
aos 34 anos e dos 35 aos 44 anos amostrarem-se asmais
ativas, com um acesso médio de 78,5 %. A migração das
publicações para o digital é uma realidade incontornável
do panoramamediático nacional. Contudo, o estudo revela
que os leitores regulares de conteúdos produzidos por
jornais e revistas continuam a aceder sobretudo através
do papel (94,8 %), seguindo-se o acesso via os
sites
oficiais
das publicações (39,8 %), os portais agregadores (34,7 %)
e as redes sociais digitais (34,3 %).
CONSUMO DE RÁDIO
O meio rádio é escutado, regularmente, por 73 % dos inqui-
ridos, valor alinhado com a realidade francesa (75,5 %) e
acimada realidadeespanhola (60,1 %). Aescutaé realizada
emespecial pelapopulaçãoativaepor estudantes, comuma
percentagemacimados80 %. Oshomensmostram-semais
ligados à rádio do que as mulheres e o autorrádio continua
a ser a forma de acessomais popular (60,6 %), enquanto o
computador é a forma de acesso menos utilizada (11,6 %).
CONSUMO DE TELEVISÃO
99 % dos inquiridos vê televisão de forma regular, não se
observando diferenças significativas emtermos etários e
de género. A escolha do televisor principal do lar fica a
dever-se à dimensão do ecrã e à qualidade de imagem,
sendo que perto de um quarto dos portugueses apenas
tem acesso aos cinco canais em sinal aberto. Este facto
fica a dever-se, em65,9 % dos casos, a razões económicas.
Dos 767 inquiridos que têmacesso amais do que os cinco
canais, apenas 6,9 % tem por hábito utilizar o
Video-on-
-Demand
, sendo a faixa etária mais jovem (15-24 anos)
aquela que mais recorre a este serviço.
AS
NOVAS DINÂMICAS
DO
CONSUMO AUDIOVISUAL
EM PORTUGAL
SUMÁRIO EXECUTIVO