Experiência: "TU és TU online?"

Título da Experiência

TU és TU online?


Estabelecimento de Ensino

Agrupamento de Escolas de Arouca: EB1 de Alvarenga; EB1 de Canelas; EB1 Arouca; EB1 Burgo; EB1 Boavista; EB1 Rossas; EB1 Moldes; EB1 Ponte de Telhe


Referência a um professor responsável

Isabel Gonçalves (professora bibliotecária, coordenadora do trabalho e representante) e Ana Moreira


Experiência colocada em prática desde janeiro de 2019?

Ano letivo: 2021-2022; Duração: de fevereio a maio de 2022


Descreva brevemente a experiência

No âmbito do projeto IPRO (Iniciação à Programação no 1.º Ciclo), em articulação com a Biblioteca Escolar, os alunos do 4.º ano, realizaram e divulgaram origamis “Quantos-queres?”, dramatizações gravadas em vídeo e animações na plataforma ubbu (plataforma digital que ensina programação).


Experiências realizadas com alunos com idades entre os 6 e os 18 anos

9 - 10 anos


Disciplinas implicadas

Português, Educação Artística, Oferta Complementar (IPRO)


Quais foram os objetivos de aprendizagem?

Conhecer e aplicar estratégias que permitam identificar conteúdo falso na internet. Promover o espírito crítico. Sensibilizar para a importância de não contribuir para a disseminação de conteúdo falso através da partilha. Desenvolver o pensamento computacional.


Qual foi a origem desta proposta?

Esta proposta foi pensada e desenvolvida para dar resposta ao desafio colocado pelo Centro de Internet Segura, no quadro do “Dia da Internet Segura” (8 de fevereiro). Foi desenvolvida com todos os alunos do 4.º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas de Arouca e envolveu diversos professores: os titulares de turma e as professoras de IPRO e contou com colaboração da Biblioteca Escolar.


Que metodologias foram utilizadas?

Trabalho de projeto (animações na ubbu e vídeos):

1- escolha do tema;

2- trabalho de pesquisa;

3- tratamento e organização da informação;

4- elaboração de guiões;

5- elaboração dos produtos;

6- monitorização e avaliação;

7- reformulação;

8- partilha.

 

Gamificação (Origami “Quantos queres?”):

1- escolha do jogo;

2- seleção da informação;

3- construção dos origami;

4- implementação;

5- avaliação."


Se um professor de outro estabelecimento de ensino estivesse interessado em replicar a iniciativa, como a explicaria?

1 – Foi apresentado aos alunos o desafio colocado pelo Centro de Internet Segura, no quadro do “Dia da Internet Segura”.

2 - Foram facultados aos alunos documentos sobre Fake News, disponíveis em

https://ensina.rtp.pt/artigo/alguem-falou-em-fake-news/

https://www.internetsegura.pt/Brochuras_ComunicarEmSeguranca e

https://www.internetsegura.pt/FakeNews)

3 - A partir da pergunta TU és Tu online?, desenvolveu-se um diálogo de modo a que os alunos partilhassem o que lhes sugeria a pergunta, direcionando para a questão dos conteúdos falsos que circulam pela internet. Abordou-se também o conceito de Fake news (“notícias falsas”) tendo em conta ainda que o termo “notícias” significa “informações sobre assuntos ou acontecimentos de interesse público, difundidas pelos meios de comunicação”; e que nesse sentido, a expressão “notícias falsas” pode considerar-se um oxímoro (termo também usado no campo da poesia); ou seja, sendo falsas não podem ser consideradas notícias.

4 – Elaboração de uma lista de atitudes a ter perante os conteúdos na internet (para identificar se são ou não verdadeiros).

5 – Organização da informação para o “Quantos queres?” (dicas para identificar Fake News)

6 - Elaboração dos guiões para as dramatizações e para as animações na ubbu (plataforma digital que ensina programação nas escolas a crianças dos 6 aos 12 anos, estando disponível também, de forma gratuita, para uso remoto em casa. A ubbu tem conteúdos para as escolas, pais e alunos).

7 - Elaboração das animações na ubbu; ensaio (abordando questões como: colocação de voz e articulação das palavras, movimentação no espaço, entre outras), gravação e edição das dramatizações.

6 – Construção do jogo “Quantos queres?” e dinamização junto de colegas e comunidade educativa.

7 - Partilha das animações e vídeos nos canais do agrupamento, comunidade educativa e bibliotecas do agrupamento."


Como é que o uso *da tecnologia* enriqueceu ou melhorou a aprendizagem  dos alunos?

A tecnologia esteve sempre presente no decorrer da experiência: a informação facultada aos alunos estava disponível na internet; para construírem o “Quantos – queres?” valeram-se de um tutorial disponível no youtube; a gravação dos teatros foi feita com telemóvel, o que facilitou a monitorização e permitiu regravar algumas partes; as animações foram criadas na ubbu: plataforma usada pelos alunos desde o início do ano e que permite monitorizar o trabalho, alterar e aperfeiçoar antes de divulgar.

Esta dinâmica teve por base um trabalho colaborativo de interação constante entre os alunos e contribuiu para desenvolver competências transversais ao currículo e a outros domínios de aprendizagem como leitura, escrita, expressões, arte, etc., o pensamento crítico, a capacidade de argumentação e a responsabilidade, preparando-os para a vida social e académica.

Todo o processo foi centrado nas ideias, na criatividade, na colaboração, na gamificação e na resolução de problemas.

Animações na ubbu:

https://play.ubbu.io/share/50301?t=Ovz81vYenG

https://play.ubbu.io/share/49995?t=Ovz81vYenG

vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=o6kyQ-Om0e0

https://www.youtube.com/watch?v=0iUkiaglpjg%3BProjeto&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=BfpDf0aLnz8%3B&feature=youtu.be"


Qual o grau de participação e de envolvimento dos alunos?

Constatamos que no 4.º ano de escolaridade muitos alunos já têm telemóvel e/ou tablet e acesso à internet e, por isso, é muito importante sensibilizar para as questões da segurança. Por outro lado, sabemos também que hoje as “notícias falsas” são espalhadas com facilidade e que é também fácil criar conteúdos falsos para prejudicar alguém e inventar histórias e mentiras sobre algo.

Neste sentido, é necessário que os alunos desenvolvam a capacidade de avaliar, com espírito crítico, os conteúdo que encontram na internet, para não se deixarem enganar e para não serem veículos de difusão de ""notícias falsas”.

A forma como se iria abordar a temática (dramatização, origami “Quantos queres?” e

animações na ubbu) foi decidida/sugerida pelos alunos."


Que estratégias e instrumentos de avaliação foram utilizados?

A avaliação baseou-se em evidências recolhidas ao longo das sessões em que os alunos desenvolveram os seus trabalhos. Para tal, utilizaram-se grelhas de observação, notas e registos recolhidos durante o processo. Tiveram-se em conta também os produtos finais bem como o modo como os alunos os apresentaram e documentaram.

Valorizou-se especialmente o processo e o modo como cada grupo trabalhou para chegar ao produto final no que diz respeito à criatividade, ao empenho e à compreensão dos conceitos e processos inerentes."


Quais foram as principais conclusões e avaliações tiradas após colocar em prática essa experiência?

Consideramos que os objetivos foram alcançados, verificando-se que os alunos envolvidos eram já capazes de usar estratégias para identificar conteúdos falsos na internet e mostraram-se mais críticos em relação a esta temática. Além disso, estes trabalhos permitiram também aprendizagens ao nível do português, por exemplo (escrita, comunicação, etc), a colaboração e trabalho de grupo, a responsabilização e compreensão.

Esta experiência mostrou ainda que o trabalho integrado em que os alunos são considerados criadores, sendo envolvidos desde a conceção até ao produto final, resulta em alunos mais motivados e empenhados.

A partilha na comunidade escolar (apresentação do teatro e do jogo “Quantos queres?) e nos canais do agrupamento é uma forma muito importante de valorizar o trabalho dos alunos.

Outro aspeto a realçar é trabalho colaborativo entre professores e a presença da Biblioteca Escolar como espaço agregador de conhecimentos e recursos."


Qual o impacto desta experiência nos alunos e no seu ambiente?

Consideramos que o impacto nos alunos foi notório tendo em conta que, no início do processo, verificamos que havia um grande desconhecimento sobre o tema, e no final, os alunos já se mostravam dotados de algum espírito crítico e sensibilizados para a necessidade de não partilhar tudo o que lhes chega pela internet.

Este trabalho foi para lá da sala de aula pois: os alunos apresentaram os teatros na escola, às outras turmas; os vídeos e animações foram divulgados nos canais do agrupamento; o “Quantos queres?” também foi jogado na escola, com outros alunos, professores e funcionários, e em casa com os pais, irmãos e outros familiares."


Que melhorias incluiria se repetisse esta experiência?

Se repetisse a experiência, atribuiria um tema diferente (no âmbito da internet mais segura) a cada turma do 4.º ano e faria um evento final, com essas turmas, onde cada uma apresentaria o seu tema de forma teatral.


Vídeo

https://youtu.be/eZ35DR2bKC4

 

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