Experiência: Rádio Vale do Tamel – WebRádio Educativa

Título da Experiência

Rádio Vale do Tamel – WebRádio Educativa

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Estabelecimento de Ensino

Escola Básica e Secundária Vale do Tamel

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Referência a um professor responsável

Vitor Diegues

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Experiência colocada em prática desde janeiro de 2019?

O projeto/experiência foi criado em 2009 e é posto em prática continuadamente desde que foi criado (até à presente data).

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Descreva brevemente a experiência

Uma experiência pedagógica que tem proporcionando a todos o conhecimento e a partilha de novos estilos, formatos e formas de expressão. Na prática, uma ferramenta educativa indispensável para a Sociabilização participativa e uma Cidadania Digital ativa e responsável.

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Experiências realizadas com alunos com idades entre os 6 e os 18 anos

Dos 4 aos 18 anos.

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Disciplinas implicadas

As matérias incluídas no âmbito da educação para os media.

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Quais foram os objetivos de aprendizagem?

Este projeto tem sido promotor da literacia para os media (LMI), de múltiplas aprendizagens e projetando o nome da organização vale do tamel no exterior. Um recurso que, além de proporcionar uma experiência lúdica, contribui para a formação do aluno, proporcionando-lhe a vivência em grupo, o contacto com novas ferramentas tecnológicas e ajudando-o, entre outros aspetos, na melhoria das competências essenciais como a leitura, a oralidade, a escrita, a criatividade, assim como o exercício de cidadania digital, essencial a um qualquer cidadão responsável do século XXI.

Em síntese, a utilização dos media digitais permite valorizar as práticas pedagógicas, favorecendo uma efetiva interatividade entre os agentes do processo educativo, ou seja, alunos e professores, permitindo alargar as competências digitais dos alunos através do seu manuseio e exploração das ferramentas tecnológicas, assente numa lógica de aprender fazendo."

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Qual foi a origem desta proposta?

A origem partiu da criação de um projeto de rádio escolar, dinamizando uma webrádio educativa e a produção de podcasts educativos. O projeto partiu do zero, foi criado um estúdio de raíz e que serviu também de apoio ao desenvolvimento de um trabalho de investigação no âmbito de um mestrado.

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Que metodologias foram utilizadas?

No início, e com o objetivo de se mostrar todo o trabalho desenvolvido, foi feito um slideshow com as principais fases da montagem do estúdio que decorreu durante o primeiro período desse ano letivo. Por outro lado, foi importante a sonorização do espaço físico exterior da escola, de forma a reforçar uma outra valência do projeto que é o circuito interno de rádio. Relativamente ao alinhamento das emissões, estas têm sido compostas por várias rubricas, em formato podcast, abordando conteúdos comuns às várias disciplinas, uma vez que se trata de um projeto multidisciplinar. Algumas rúbricas de destaque: “O mundo das ciências” (uma viagem ao admirável planeta terra), “O repórter da história” (factos e acontecimentos que marcam a nossa história e a nossa identidade ao longo dos anos), “Teatro radiofónico” (a escola leva o teatro à rádio – um espaço onde os atores principais são os nossos alunos), “Radiokids” (improve your english listening to webrádio – aprende Inglês, ouvindo a webrádio); “Bloco de notícias” (as notícias do nosso agrupamento), “Momentos de poesia” (aqui as palavras fazem mais sentido), “Espaço dedicatórias” (as preferências musicais e as dedicatórias dos nossos alunos). De salientar que ao longo do projeto têm surgido um conjunto de oportunidades de partilha e troca de experiências enriquecedoras com outros estabelecimentos de ensino. A experiência tem servido de referência para que outras escolas também possam implementar projetos idênticos. No arranque do projeto destacou-se uma experiência pedagógica muito interessante com o projeto “Nas ondas do rádio”, do município de S. Paulo, Brasil, onde foi fácil percebermos a importância que estes recursos trazem à aprendizagem dos nossos alunos.

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Se um professor de outro estabelecimento de ensino estivesse interessado em replicar a iniciativa, como a explicaria?

Primeiro, submeter o projeto ao Conselho Pedagógico, que é a entidade que tem competência para o aprovar. Havendo parecer positivo, ir para o terreno e definir alguns procedimentos: constituir equipa principal do projeto (núcleo duro); escolher um espaço físico da escola (pequena arrecadação) para implementar o estúdio; dar conhecimento à comunidade educativa e lançar p.e. o desafio de se arranjar um nome para a rádio (é uma forma de democratizar o projeto); promover um concurso para a criação do logotipo do projeto; solicitar a colaboração de outros grupos disciplinares para a montagem do estúdio; elaborar uma relação de necessidades para aquisição do material técnico indispensável (amplificador; mesa de mistura; microfones; auscultadores, computador/s); criar malhas (indicativos/jingles da rádio);

Envolver outras áreas disciplinares, por exemplo, na elaboração de rúbricas (podcasts)."

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Como é que o uso *da tecnologia* enriqueceu ou melhorou a aprendizagem  dos alunos?

Os nossos alunos são nativos digitais. E são produtores de conteúdos, estando, portanto, mais predispostos para o uso da tecnologia. Na verdade, os novos suportes e recursos tecnológicos da informação e da comunicação podem contribuir para a renovação da Escola, dando, assim, o seu contributo para o desenvolvimento de valores e de competências nos alunos, preparando-os para lidar com as incertezas de um mundo global em que aprendizagem e o conhecimento são os melhores instrumentos para a inserção na sociedade cada vez mais exigente.

A participação dos alunos neste projeto, em que uso constantemente a tecnologia, acaba por se tornar um excelente recurso que permite criar comunidades de aprendizagem suportadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Mais, estes recursos podem, através da reflexão e da análise dos seus intervenientes, transformar uma comunidade de aprendizagem numa comunidade de conhecimento.

É, pois, neste quadro que se espera que a Escola se torne um espaço de promoção da literacia mediática no sentido de permitir aos seus alunos a “capacidade de aceder aos média, de compreender e avaliar de modo crítico os diferentes aspectos dos média e dos seus conteúdos e de criar comunicações em diversos contextos” (recomendação (2009/625/CE) da comissão europeia, 20 de agosto 2009).

A participação dos alunos permite promover a literacia para os media, e ajudam a incutir nos alunos um espírito crítico e dotá-los de capacidades de desconstrução do discurso dos media. Este tipo de projetos, permite igualmente explorar o potencial dos podcasts no ensino em que os alunos têm contacto com novas formas de aprendizagem, em que se tornam produtores de conteúdos. E ao fazê-lo potencia-os, por exemplo, para uma cidadania mais ativa e uma socialização participativa."

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Qual o grau de participação e de envolvimento dos alunos?

A participação dos alunos tem superado as expetativas.

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Que estratégias e instrumentos de avaliação foram utilizados?

Trabalho colaborativo e cooperativo e observação direta.

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Quais foram as principais conclusões e avaliações tiradas após colocar em prática essa experiência?

Ao longo destes anos, para quem tem acompanhado de perto o desenvolvimento deste projeto,

tem bem presente o impacto positivo junto da comunidade. Na prática, a escola ganhou um

recurso que promove a unidade e identidade do agrupamento de escolas vale do tamel.

Com efeito, o uso dos media digitais acabam por valorizar as práticas pedagógicas favorecendo uma efetiva interatividade entre os agentes do processo educativo, ou seja, alunos e professores e permite alargar as competências digitais dos alunos através do seu manuseio e exploração das ferramentas tecnológicas numa lógica de aprender fazendo.

Esta experiência de webrádio, inserida no processo educativo, tem-se tornado uma interessante ferramenta de aprendizagem, desde que os seus intervenientes (professores e alunos) saibam como utilizá-la, proporcionando a todos o conhecimento e a partilha de novos estilos, formatos e formas de expressão. Neste sentido, a webrádio torna-se uma ferramenta educativa indispensável para a sociabilização participativa e, explorada em contexto escolar, constituindo-se como uma estratégia que possibilita a toda a comunidade educativa a oportunidade de participar e intervir.

Em síntese, pela experiência vivida ao longo destes doze anos de atividade, entendemos que a webrádio tem sido um projeto promotor de múltiplas aprendizagens e tem permitido projetar o nome da organização vale do tamel no exterior. Por outro lado, além de proporcionar uma experiência lúdica, contribui para a formação do aluno, proporcionando-lhe a vivência em grupo, o contacto com novas ferramentas tecnológicas e ajuda-o, entre outros aspetos, na melhoria das competências essenciais como a leitura, a oralidade, a escrita, a criatividade, promovendo, ao mesmo tempo, o exercício de cidadania, essencial a um qualquer cidadão responsável do século XXI."

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Qual o impacto desta experiência nos alunos e no seu ambiente?

Tal como já referido, o impacto tem sido extremamente positivo.

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Que melhorias incluiria se repetisse esta experiência?

Disponibilizar mais horas letivas para a coordenação do projeto e reforçar o núcleo duro do projeto, afetando mais docentes.

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Gostaria de fazer algum comentário adicional?

Alguns dos destaques deste nossa experiência

• “Portugal Tecnológico” que decorreu na FIL. (Lisboa, 2010)

• “Qualifica”, feira de educação, formação, juventude e emprego (Porto, 2011)

• Várias entrevistas e reportagens em jornais, rádios e televisões (locais e nacionais)

• Colaboração em trabalhos de investigação (teses de doutoramento e mestrado)

• Participações em vários congressos e seminários nacionais e internacionais

• Colaboração com o IE e o CECS da Universidade do Minho (Braga)

• Colaboração com o Laboratório de Tecnologia Educativa da Universidade de Coimbra

• Equipa ERC da DGE (Encontros Nacionais de Rádios e Televisões Escolares)

• Comissão organizadora do III Encontro nacional de educação para os Média (2017)

• Colaboração com vários estabelecimentos de ensino do país

• Participação nos vários concursos nacionais de podcasts em educação (DGE)

• 2.º prémio nacional no dia Mundial da Rádio, dia 13 de fevereiro (2014)

• Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC).

• Entrevistas a escritores (semana leitura) e a deputados (no âmbito do parlamento jovem)

• Colaboração com iniciativas solidárias nos PALOP (principalmente Angola e Moçambique)

• Colaboração com a GNR no âmbito da Escola Segura (Internet e Cyberbullying)

• Plano Nacional de Leitura (PNL)

• Ebook “Educar com Podcasts e Audiobooks” (2017)

• Lançamento Projeto MILObs – Observatório sobre Média, Informação e Literacia (2018)

• Distinção nacional com o selo “Escola Amiga da Criança” (2018, 2019-2020)

• Menção Honrosa no concurso nacional Media@ção (2018)

• Participação no programa “Ouvido Crítico” da Antena 1, no dia mundial da Rádio (2019)

• 3.º Prémio concurso “Ponte nas Ondas” (Espanha). (2021)